domingo, 17 de março de 2013

H.B. L'évolution créatrice

(334) O caráter cinematográfico do nosso conhecimento das coisas deriva do caráter caleidoscópico da nossa adaptação a elas.

(325)...a idéia de Nada, se nela se pretende ver a ideia de uma abolição de todas as coisas, é uma ideia destrutiva de si própria e reduz-se a uma simples palavra - que, se pelo contrário, se trata realmente de uma ideia, nela se encontra tanta matéria como na ideia de Tudo.

(345) Portanto, o que será preciso acrescentar às Ideias para obter a mudança é o negativo, ou quando muito o zero. Nisso consiste o "não ser" platônico, a "matéria" aristotélica - um zero metafísico que, ligado à Ideia tal como o zero matemático à unidade, a multiplica no espaço e no tempo... é o nada inacessível que, metendo-se entre as Ideias, cria a agitação sem fim e a eterna inquietação, como uma suspeita insinuada entre dois corações que se amam.

(292-295)...Todos os seres vivos estão ligados e todos cedem ao mesmo formidável impulso. O animal tem a planta como ponto de apoio, o homem cavalga na animalidade, e a humanidade inteira, no espaço e no tempo, é um imenso exército que galopa ao lado de cada um de nós, em uma arremetida capaz de vencer todas as resistências e de atravessar todos os obstáculos, talvez até a morte.

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